15 de jan. de 2012

Corpo & Equilíbrio

Corpo & Equilíbrio
Álcool e direção


Todos sabemos que a

combinação

entre álcool e direção

pode se tornar uma

tragédia



                 Falhas na legislação recente, que procurava aumentar o rigor através da Lei seca, na realidade, produziram o efeito contrário, fazendo disparar o número de mortes.
O número de acidentes com vítimas fatais nunca foi tão alto, com a proporção de 1 morte a cada 13 minutos, sendo que 40% deste total se deve à relação entre álcool e direção.
O estado gastou uma fortuna equipando a polícia com bafômetros modernos e a lei permite que o motorista se negue a usá-lo, o que cria um clima de impunidade e permisssividade.
A educação pública se faz pela força de lei, sendo necessária uma legislação sem brechas para enquadrar, punir e educar o motorisgta alcoolizado. Há pouco mais de 3 anos, a lei seca criou uma definição legal do que seria embriaguez ao volante e o bafômetro seria o controlador deste procedimento.Foram assim excluídos, os testes convencionais, testemunhos e outras provas. Uma nova lei, agora, busca retomar estes recursos, visto que o bafômetro se tornou inútil e dispararam os números de mortes e acidentes. Porém, um rigor excessivo pode dificultar esta nova lei. Ao contrário de países como os E.U.A. e a Inglaterra onde estas leis funcionam muito bem e o limite aceito é de 0,8 gr/l.
Este limite pode ser alcançado com a ingestão de 2 bombons com licor, por exemplo, o que abre futuras brechas jurídicas.Existe uma cultura de impunidade em relação à combinação entre álcool e direção, basta averiguar a quantidade de pessoas que usam o carro para ir a festas, bares e casas noturnas. Uma pesquisa recente descobriu que, entre as pessoas que admitem beber e dirigir, mais de 80% o fazem depois de ingerir mais de três doses de álcool.

                                     Adaptar o sistema
É preciso aperfeiçoar a lei e principalmente punir com rigor. Deveríamos copiar o sistema de países onde esta legislação funciona bem, como a Inglaterra, por exemplo, onde os jovens, em sua grande maioria não usam o carro para sair à noite. Lá o bafômetro funciona e a lei estabelece punições progressivas, que podem levar à perda definitiva da carteira de motorista, criando uma cultura onde carro e álcool não se misturam.
Claro, isso implica também criar um esquema de transporte público que funcione durante a madrugada. 
O ideal seria que o supremo defendesse o cidadão e os cofres públicos, revendo o seu entendimento do uso do bafômetro, entendendo que ele é uma forma segura e válida na prevenção de acidentes, e, como este é um caso sério de saúde pública, tornasse obrigatório o seu uso.
Hoje, quem se nega a usar o bafômetro, recebe uma multa e tem a carteira cancelada, em média, por 5 dias, o que estimula a reincidência.
Créditos matéria:  
Nuno Cobra (Preparador físico-mental e conferencista).