3 de mar. de 2012

Fertilização “in vitro”: chance de sucesso chega a 60%

fonte: corposaun.com


A maternidade é, ainda, o grande sonho da maioria das mulheres. Algumas são radicais no assunto e acreditam que o ato de dar à luz pode ser a maior realização de suas vidas. Mas, este sonho pode encontrar certos obstáculos quando a mulher ou o homem possuem uma baixa fertilidade. Esta dificuldade pode estar relacionada a problemas genéticos ou a maus hábitos como o fumo ou a ingestão de bebidas alcoólicas. Com a finalidade de ajudar este grupo tão delicado, existe a fertilização “in vitro”, popularmente conhecida como “bebê de proveta”.

Nesta prática, a fecundação do óvulo pelo espermatozoide ocorre em laboratório e os embriões resultantes desta fertilização são transferidos para o útero aproximadamente 72 horas após a captação de óvulos. A fertilização é indicada para mulheres que sofreram com lesão das tubas uterinas, por consequência de infecção pélvica, ou em casos em que ocorre a gravidez nas trompas. Uma laqueadura sem chance de reversão também é outra situação especial em que é aconselhável a fertilização “in vitro”. De acordo com especialistas, em mulheres com menos de 35 anos a chance de se obter sucesso é de 60%.

Ainda segundo especialistas, as causas da baixa fertilidade no sexo masculino assemelham-se as das mulheres que não conseguem gerar um bebê, como distúrbios genéticos ou hábitos que prejudiquem a produção e a qualidade do esperma do homem. Segundo especialistas, nestes casos, a opção para o casal que se enquadra nesta situação é, sim, a fertilização “in vitro”.

Nos últimos cinco anos a procura pela realização de fertilização “in vitro” (FIV) aumentou em cerca de 35% nas grandes cidades brasileiras. De acordo com Lister de Lima Salgueiro, responsável pela Medicina Reprodutiva da Criogênesis, banco de células-tronco de sangue de cordão umbilical, localizado em São Paulo, o aumento na procura pela fertilização “in vitro” (FIV) está muito ligado às técnicas disponíveis.
“O aumento na procura pela fertilização “in vitro” (FIV) está ligado ao sucesso que vem sendo consolidado nessa área. E os bons índices de sucesso na fertilização “in vitro” vêm sendo conquistados graças a novas técnicas, como a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI), que revolucionou o procedimento, e também com a evolução nos meios de cultura - que permitem melhores condições de crescimento do embrião com qualidade -, tipos de cateter para a implantação do embrião no útero, além de conhecimentos técnicos na área de genética e imunologia”, explicou.

De acordo com especialistas, o aumento da demanda vem ocorrendo por vários motivos, com destaque para melhores alternativas de pagamento do tratamento e para o aumento das taxas de sucesso, que nas clínicas mais diferenciadas podem alcançar os 60%.

Segundo Lister Salgueiro, alguns números indicam esse provável crescimento da fertilização. São eles:

1 em cada 5 casais é infértil (de 8 a 10 milhões no Brasil), sendo que destes 50% são candidatos a FIV;

Os serviços públicos – totalmente ou parcialmente gratuitos – têm filas de espera que podem chegar a quatro anos;

No Brasil, com uma população de mais de 190 milhões de habitantes, são feitos apenas 15 mil ciclos por ano, enquanto que em países como Israel (com 25 milhões de habitantes) são feitos 250 mil ciclos por ano;

No Brasil existem apenas 174 clínicas de medicina reprodutiva, sendo que 50 delas estão no Estado de São Paulo e cerca de 30 na cidade de São Paulo;

Os preços do tratamento por ciclo estão mais acessíveis, em média, de R$ 10 a 15 mil.

Primeiro bebê de proveta
O primeiro caso bem sucedido da fertilização “in vitro” ocorreu em 1978, na Inglaterra. Louise Brown tem uma vida normal, é casada e tem um filho de 5 anos. 

fonte: revista Suadieta