21 de nov. de 2011

Água previne pedra nos rins


As abomináveis crises de cálculo renal respondem por cerca de 300 atendimentos por dia nos pronto-socorros de Belo Horizonte, conforme o urologista do Hospital Felício Rocho, Francisco Guerra. Considerada pela medicina como a mais lancinante das dores, ficando na frente do enfarte e da dor do parto, a incidência da cólica renal é mais freqüente no Verão, observa o médico. O médico explica que, nesta época, há um aumento natural da sudorese, provocando maior concentração de urina, conseqüentemente, um depósito elevado de sedimentos nos rins e a formação da litíase, popularmente chamada de pedra nos rins. O problema atinge 7% da população brasileira e a proporção é de três homens para cada mulher, principalmente entre os 20 e 50 anos.

Os cálculos renais podem ser prevenidos com a ingestão média de dois litros de líquido por dia, sendo metade água. O indivíduo que forma um cálculo uma vez na vida tem 50% de reincidir. "Isso acontece porque a pessoa não corrige os hábitos que levaram à formação do problema", observa.

Diversas são as causas da doença, mas a baixa ingestão de ácido cítrico, encontrado em frutas cítricas, é considerado o principal motivo. Também o consumo exagerado ou deficiente de cálcio pode desencadear a formação de cálculo renal. Além disso, a elevação do ácido úrico na urina; cirurgias extensas sobre o intestino alterando a absorção e excreção de determinados alimentos; infecção por determinados germes e hereditariedade podem ser causadores de sofrimento para muita gente. Indivíduos de cor branca desenvolvem mais o problema do que os de outras raças, embora não haja estudos que demonstrem o motivo.

A combinação de cerveja com churrasco, para quem tem pedra nos rins, pode ser sinônimo de tortura. Isso porque a bebida promove maior necessidade de urinar. Com isso, explica o médico, a pelve renal e o ureter terão mais espasmos e, conseqüentemente, mais dor. Alimentos com mais sal, como as saborosas carnes dos churrascos, requerem maior ingestão de líquido e, portanto, aumento da diurese. "O sal também está relacionado com alterações metabólicas renais, podendo ser fator de interação com outros alimentos, propiciando a formação de cálculos", explica.

O urologista afirma, entretanto, que não há necessidade de o paciente apresentar dor ou algum sintoma para haver o diagnóstico de litíase e conseqüente complicação. Os sinais estão relacionados ao tamanho e localização do cálculo. Francisco Guerra explica que, se o cálculo estiver situado no rim, o mais comum é a pessoa não sentir dor, mas pode haver perda de sangue na urina e infecção no trato urinário. Já se a pedra estiver localizada na pelve renal e ureter, o paciente geralmente apresenta dor lombar, semelhante à uma cólica.

Mas se a pedra estiver no ureter médio para baixo ou mesmo próximo à bexiga, a dor pode ser abdominal e provocar sintomas urinários, simulando quadro de infecção. A pessoa vai urinar várias vezes em pequenas quantidades (com dor ou não), ter sensação de querer urinar várias vezes e de esvaziamento incompleto da bexiga, além da sensação de querer evacuar. Há irradiação da dor, conforme o urologista, para a região da genitália (vagina ou escroto) ou parte interna da coxa.

O médico explica que o sangue na urina acontece pelo traumatismo que o cálculo gera na via excretora. "A dor se explica devido à contração do ureter, no intuito de fazer a progressão da urina chegar ate a bexiga e na tentativa de eliminar o cálculo".

FONTE: http://saude.terra.com.br

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