24 de nov. de 2011

O que é AVC?



Acidente vascular cerebral. Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano. Aliás, o nome que caiu na boca do povo é apenas um dos tipos desses ataques ao cérebro - o AVC hemorrágico - que nem sequer é o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando uma área da massa cinzenta. Já no AVC isquêmico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no coração dos infartados: uma obstrução de uma artéria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada região. Mas nos dois tipos o resultado é o mesmo: as células da área afetada morrem, causando diversas seqüelas. Dependendo do local da lesão, pode provocar desde a morte da pessoa até paralisias, problemas de fala, de visão, de memória, entre outros. Isso é uma realidade para 2/3 dos pacientes que sobrevivem a um ataque desses.


Fatores de risco
Os estudos mostram que o grupo mais vulnerável a um AVC engloba homens, com mais de 55 anos e histórico familiar da doença. Além disso, os fatores de risco são praticamente os mesmos que estão por trás de um infarto:
• Pressão alta - este o mais importante fator de risco que pode ser modificado
• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.
• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas
• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro
• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.
• Colesterol alto - conhecido formador de placas
• Sedentarismo
• Obesidade

Sinais
Fique atento a estes sinais. Você deve correr para um hospital imediatamente à menor suspeita deles:
• falta de sensibilidade ou fraqueza que surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um lado só do corpo
• confusão repentina, problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com um dos olhos
• dificuldade de caminhar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
• forte dor de cabeça que surge de repente, sem causa aparente

Tratamento
Atualmente há drogas capazes de evitar a morte ou as seqüelas em quem sofre um AVC. Elas desfazem os coágulos e reestabelecem prontamente a circulação. O grave porém é que, para surtirem efeito, devem ser ingeridas no máximo três horas depois do início do ataque. Daí a importância de reconhecer os sintomas e correr para o hospital ao menor sinal deles.

No caso dos hemorrágicos, os médicos lançam mão dos medicamentos para estancar o sangue e reduzir a inflamação que acontece logo depois. Dependendo da causa, pode ser necessário uma cirurgia para tratar um aneurisma ou eliminar um coágulo que tenha se formado com o derramamento de sangue.

Além disso, a reabilitação é fundamental para a recuperação de um AVC. Ela deve começar ainda no hospital e se prolongar pelo tempo que for preciso. É ela que vai permitir reconquistar habilidades como falar, comer e até andar. Normalmente é feita por fisioterapeutas e fonoaudiólogos, mas há programas que incluem até equitação e atividades na água.

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